Ter uma cintura sem excessos de gordura não é uma questão só de elegância ou vaidade dos homens e das mulheres. A medida da cintura é um instrumento para indicar possíveis problemas de saúde.
Um estudo do Instituto do Coração da USP analisou a artéria coronária e a gordura visceral, que se acumula em camadas mais profundas do corpo, dentro da cavidade abdominal, de 125 indivíduos, com idade média de 56 anos. O trabalho reforçou que a alta quantidade de células adiposas nas vísceras está diretamente relacionada ao comprometimento das coronárias, responsáveis pela irrigação do coração.
O estudo indica que os profissionais de saúde devem medir e ter atenção ao índice de gordura visceral de seus pacientes. Se essa gordura ultrapassar níveis aceitáveis é bem provável que as artérias estejam comprometidas, pois esse tipo de adiposidade expõe o paciente a três vezes mais risco de obstrução coronária do que os níveis elevados de gordura subcutânea, por exemplo.
A doença arterial coronariana é um mal silencioso, os sintomas demoram a aparecer. Até a artéria ter 70% de obstrução, geralmente, não há sintomas, e os exames convencionais não apresentam alterações significativas.
Os riscos para quem está com excesso de gordura abdominal são:
- A gordura visceral triplica o risco de infartos e derrames.
- Aumenta em cinco vezes a probabilidade de diabetes.
- Gera 30% a mais de risco de câncer.
- Reduz o colesterol bom (HDL).
- Aumenta a taxa de triglicérides e o acúmulo de colesterol ruim (LDL)
- Eleva a pressão arterial.
Veja como está sua situação em relação a gordura visceral, tire a medida do seu abdômen e compare com a tabela abaixo:
- Homens – Acima de 94 cm é preocupante e acima de 102 cm é muito preocupante.
- Mulheres – Acima de 90 cm é preocupante e acima de 88 cm é muito preocupante.
Fonte: Caderno Vida do jornal zero hora.